O Perigo da História Única
Chimamanda Adichie
São várias as reflexões que surgem depois da visualização do vídeo de Chimamanda Adichie, intitulado por "O perigo da história única". As argumentações utilizadas ao longo deste são muito elucidativas daquilo que, de uma forma ou de outra, acaba por acontecer em sociedade e em situações quotidianas.
A história única começa a ser desenhada quando se tenta calar um grupo social e se criam argumentos muito fortes sobre ele. De forma a moldar a realidade, esses mesmos argumentos acabam por criar uma falsa imagem sobre o grupo em questão. No discurso de Chimamanda A., é interessante perceber que, na sua infância, ela viveu uma realidade do seu país completamente diferente daquilo que diziam ser.
Quando a nigeriana viaja, para ingressar na Universidade nos Estados Unidos, acaba por perceber que tudo aquilo que se dizia sobre a sua terra natal estava distorcido, mal contado.
No seu primeiro contacto com a colega de quarto, que tinha uma ideia contruída sobre a Nigéria, ficou espantada pelo facto de Chimamanda falar tão bem inglês, pois não sabia que o inglês é a línguia materna dos nigerianos. Ao longo da conversa que mantiveram, a colega americana pediu para que a nigeriana tocasse uma música tribal e mais uma vez se espanta quando esta coloca uma música de Mariah Carey.
Todos estes acontecimentos relatados levam-nos a pensar, automaticamente, no provérbio: "quem conta um conto, acrescenta um ponto". A sociedade americana, representada pela colega de quarto de Chimamanda, esteve submersa numa visão do mundo muito limitado e contruído sobre pilares sem fundamento cultural, o que possibilitou a fabricação de inúmeros estereótipos.
Este é, precisamente, o perigo da tal "história única", que limita a realidade de uma sociedade a uma visão opaca que se cria. O problema da história única é que ela acaba por ser tornar na única história. E isso acontece quando apenas se enfatiza uma visão sobre a realidade.
Concluindo, este vídeo, e a fase reflexiva que se deve iniciar após a sua visualização, tem muita importância para a nossa Licenciatura, pois o nosso papel, no futuro, também passará por desconstruir as histórias únicas que os grupos dominantes criam sobre os grupos dominados. É importante ter em conta que o Mundo é redondo e de que as histórias têm sempre duas visões: a de quem as relata e a de quem as vive!
