"As expectativas e os perigos do E-learning."

Wayne Ross

Ross, E. Wayne (2006). As expectativas e os perigos do E-learning. in Paraskeva, J & Oliveira, Lia. Curriculo e Tecnologia Educativa. Edições pedago, Vol I, nº 7 pp 19-32. 

     O autor E. Wayne Ross inicia este capítulo por colocar em questão se os computadores verdadeiramente provocam aos alunos uma maneira de aprender melhor e mais rápida. Neste texto existe uma dualidade entre a prática das tecnologias da informática na área educacional de forma positiva, e em simultâneo o seu lado corrupto que domina e esconde o contacto humano. Existe uma competição entre o tradicional e o moderno. Para Wayne Ross, há uma falta de pensamento crítico referente ao impacto da tecnologia na educação proferindo numa "industrialização da formação". Diz até que o ensino à distância é igual a uma comercialização do ensino. Assim, a educação passa a ser um simples bem de consumo acabando por perder a sua preciosidade. Para exprimir o seu pensamento crítico o autor trata dos prós e contras do e-learning e o ensino à distância.

     O Relatório da Alliance for Childhood é um estudo sobre o uso de computadores, e este indica que as consequências deste uso são desfavoráveis tanto do ponto de vista físico, intelectual e social. Este relatório aconselha as pessoas para deixarem de colocar confiança na tecnologia para resolver os problemas da educação. E recomenda para prestarem atenção às autênticas carências educativas das crianças. Investimentos como o alargamento do pré-escolar, a alfabetização de adultos, a redução do número de alunos por turma, a qualificação e boa remuneração dos docentes fortalecem o sucesso escolar, assim, incutem a que cada vez mais alunos continuem para o ensino superior.

     O e-learning tem um elevado impacto no ensino superior, aqui existe um aumento de utilização deste serviço devido ao facto de a universidade ser mais cara e ter sofrido cortes no investimento. Os utilizadores dos cursos on-line, têm aumentado cada vez mais, por serem cursos mais baratos e alguns até gratuitos. Aqueles que vêm a educação como fim para alcançar os objetivos da sociedade capitalista, tem feito grandes investimentos nestes cursos, pois estes não vêm a educação como um meio para o desenvolvimento da pessoa humana. Para Peter Drucker o futuro está fora do campus e da sala de aula tradicional, supondo uma "morte da universidade".

     Existem alguns defensores do e-learning, e a par destes estão alguns professores que defendem a aprendizagem on-line. Esta para além de difundir um conhecimento mais rápido e eficaz, controla também as experiências de aprendizagem e ao mesmo tempo fortalece as competências tecnológicas e informáticas.

     Já os críticos têm uma opinião e visão diferente sobre o ensino à distância. Afirmam que não pode haver uma troca do ambiente da sala de aula, e que a "experiência social" é um pilar principal da vida académica. Estes protegem que este tipo de ensino pode e deve ser um suplemento, mas que não deve ser a troca que querem fazer. David Noble, em relação ao que disse Drucker sobre a "morte da universidade", dá uma resposta: "A educação à distância, nos próximos anos, seguirá o caminho que os cursos por correspondência antigos seguiram", isto é, perderá a sua força.

     Como conclusão deste texto, refiro que gostei muito de o analisar e trabalhar. Pois, eu como aluna universitária utilizo a plataforma e-learning e este texto alertou-me e ajudou-me a perceber melhor este tipo de ensino. Confesso que achava este método algo muito bom para os alunos na forma como facilita a vida académica, mas como diz o texto o e-learning também tem pontos negativos e acabei por concordar com alguns deles.

      Achei o texto super interessante, e aconselho vivamente a qualquer aluno a ler porque irá perceber e ver a visão dos defensores e dos críticos do e-learning! 

Licenciatura em Educação - Universidade do Minho 
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