Atividade 5


"A Escolaridade e a Exclusão Social"            R. Popkewitz

  No capítulo lido pelo grupo, a escolarização apresenta-se como o suporte da temática desenvolvida. Esta é encarda de forma bipolar, no sentido em que, por um lado, é vista com "esperança" e, por outro, "receio". Assim, no ponto de vista de Popkewitz, a prosperidade social passa pelo ensino e pela capacidade do indivíduo de se adaptar à nova sociedade do conhecimento, multiculturalismo/ interculturalismo. Neste sentido, o autor refere ser muito importante a aderência a pedagogias que consagrem uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as crianças têm o direito de aprender.

Expressões como "empowerment", "cosmopolitismo" e "sociedade do conhecimento", surgem e afirmam-se no capítulo como pilares que sustentam a ideia de que todas as crianças aprendem e podem realmente tornar a sociedade mais equitativa, inclusiva e assente em ideais democráticos. Na base de tudo isto, a escolarização assume um papel preponderante para levar avante este projeto social. O autor defende, assim, que uma sociedade escolarizada irá permitir uma consciencialização social: necessidade de integrar aqueles que se encontram excluídos. A escolarização é responsável por criar sentimentos de inclusão nas crianças e jovens e as suas dinâmicas nada mais são do que representações da exclusão, que visam conquistar a inclusão.

As palavras "inclusão" e "exclusão" são sempre bases do meio social de uma determinada comunidade. Ou seja, o que pode determinar que uma criança seja incluída ou excluída são os valores e as normas sociais enraizados no próprio seio familiar (religião, cultura, ...). Aquilo que numa comunidade escolar é tido como "normal" pode não o ser numa outra. Ou seja, perante isto importa perceber quais os critérios que estão na base para se definir se uma criança é ou não é normal.

Quando se deram reformas educativas, nos Estados Unidos, várias foram as questões que se levantaram. Algumas destas fizeram parte do programa educativo da época, presidência de J.W. Buch, mas às quais ainda faltam dar repostas. O ideal levado a cabo por estas reformas na Educação, orientadas por estratégias alargadas a toda a população, eram de que "nenhuma criança deve ser deixada para trás" (Popkewitz, 2008).

No atinente do capítulo ainda se encontra uma perspetiva de análise em torno das políticas pedagógicas, espelhadas em torno da "esperança" e do "receio". É percetível, nas palavras do autor, que a sociedade tem realmente esperança na criação de uma sociedade mais justa, inclusiva e equitativa. Porém, ainda se reside no receio de que estas transformações possam despoletar, sorrateiramente, um efeito completamente antinómico.

Licenciatura em Educação - Universidade do Minho 
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